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Foto do escritorPiter Cezepauski

Roubo e pó


Intro:

Viva A53, tre três.


Verso 1:


A realidade é cruel eu sei vou te dizer

No trabalho eu roubei vou contar eu viciei

No intervalo de almoço em rumo a praça

Fumando com o parça, é do massa

Indo até o banheiro afundar o nariz

Esticava uma linha, e saia feliz

Trabalhar tri louco, atendendo os clientes (Eae qual vai ser? um hambúrguer pro sem dente)

Quase todo dia com um leão no bolso, direto do caixa e ninguém via nada

Até mesmo uma cerveja com o chefe rolava

Aquela merecida, aquela gelada

Antes do dinheiro e do trabalho escravo

sem hora extra pelo tempo dedicado

A comida agradava em casa, um prato diferente pra cortar na faca

(Sai um franfile um franlitos na larica do narguilé)

E para o brasileiro mais vale elaborar

um plano pra roubar se arriscar, sair com o bolso cheio de grana

do que ouvir os bacanas


Refrão:


Com esses roubos vou parar

A cocaína vou largar

Agora tenho que esperar a vontade que não chega, chegar


Verso 2:


5:55 mais um dia vou acordar, me arrumar ir trabalhar, as vezes parece que eu nunca sai daquela empresa daquele lugar

Todos os dias são banais, todos nos ônibus são iguais

Na zona norte, trabalhadores não tem sorte pegar busão lotado sem suporte

(Hey motorista, acelera esse caco, não tenho tempo pra ficar aqui parado)

(Qual foi Jon, falou com Jam? Eles vão mandar outro busão, fica na calma brow)

Aaah assim não dá, não da para aguentar, alem de trabalhar, passo o dia a me estressar

Por isso quando eu chegar, preciso fumar e cheirar

Aliviar o estresse do dia a dia, o estresse do pobre sem nenhuma economia

Além das horas extras, que eu tenho pra pegar, exercendo outro cargo com o salario sem aumentar


Esses dias dei um raio, no busão, estava com o Henrique, fiquemo travadão

Curtimos uma rave no final de semana, muitas drogas, que bacana

A vida sem trampo é muito boa, mas não confunda com viver atoa

Precisamos formar nossa opinião de cada cidadão e não julgar igual farão

Cada ser consciente em um mundo inconsequente, aprisionados e manipulados

Pelas drogas de farmácia, com carteira branca, Pelas drogas de biqueira, com pouca grana

O refugio do brasileiro consciente, mantem os padrões sem seguir em frente

roubar e cheirar, não da! uma hora tem que largar

A cocaína vai te afundar, esses roubos vão te matar, ladrão

Vão te mandar para o xadrez, para a prisão

Mais uma vez A53, cantando conselhos sem lucidez


Refrão:


Com esses roubos vou parar

Com a cocaína vou parar

Agora tenho que esperar a vontade que não chega, chegar

Com esses roubos vou parar

Com a cocaína vou parar

Agora tenho que esperar a vontade que não chega, chegar


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